Tenho-me questionado muito, sobretudo nestesúltimos meses, sobre está coisa do "fim da linha" quando se fala de morte.
Vivi e continuo a viver num luto perpétuo, como creio que a maioria de nós vive, mesmo sem o dizer ou demonstarra.
A morte tem sido uma constante na minha vida. Será ela o fim da linha ou (como
os crentes dizem) o começo de uma nova fase da existência?
Ás vezes, quando estou emocionalmente mais debilitada, penso nesta pergunta sem aparente resposta, sobretudo porque quase todos os grandes eventos da minha vida estão relacionados com a Morte.
Façamos agora um pequeno exercício reto (intro)espectivo:
1) nasci a 30/07/1970 - dia em que Salazar foi a enterrar em Santa Comba Dão, sua terra natal após 3 dias de luto nacional .
Maia tarde dizia uma pessoa próxima de mim que se "Enterrava um ditador, quando outro nascia" - mesmo que soubesse que era em tom de brincadeira, nunca gotei muito dessa analogia de mau tom, sobretudo sabendo que eu sou amplamente defensora dos direitos humanos e da equidadae social, não fosse eu uma "migrante" vinda das ex colónias.
2) a minha primeita TV a cores em 84 (coisa rara na altura e apenas acessível aos que tinham mais posses) foi comprada e instalada em casa no dia em que Sá Carneiro, então primeiro ministro de Portugal perecia num acidente de aviação, quando se deslocava ao porto). Cheia de alegria por estar a ver TV a cores, eis que essa alegria acabou por um ida para a cama às 10h pois a emissão foi interrompida e a mira telescópica com música fúnebre invadiu a programação. (outos tempos... outras realidades. Fosse agora, em 2021, tudo continuaria a difundir com exceão da CMTV que não largaria o local do óbito, nem a casa, familiares, vizinhos, amigos de amigos e redondezas, em busca de informação em direto)
3) Casei em Novembro, época em que é suposto não haver calor, nem nada que possa incomodar um dia tão desejado. Porém tive de casar "a pressa", pois nesse dia marcaram o funeral de uma das amigas de meu pai, pelo que o meu casamento (missa e resto) realizadaoàas 15h não teve direito a atrasos da noiva, nem grandes fotos de casamento;foi feito em 30 min. Havia que largar a igreja para que se dessem início às cerimónias funeres da D. Alda marcado para as 16h desse dia porque depressa chega a noite.
4) Em 1999, estava em em trabalho de parto, no hospital Amato Lusitano, em castelo Branco para dar à luz o meu primeiro filho, quando em pleno parto se recebe a notícia do falecimento, na Alemanha, de uma grande amiga de família. As lágrimas de alegria e de tristeza, nesse dias misturaram-se de novo.
5) Peço o divórcio em março de 2014, no dia do funeral da minha afilhada Tânia: porque percebi que a vida é apenas um segundo entre o estar bem e o estar morto, e olhando para a minha vida, aquele era o meomento para dizer BASTA
6) raramente, peço coisas empretadas, mas decorra o mes de outubro de 2018 e na Biblioteca na qual trabalhava, estva a meu cargo levar a cabo 4 exposições, um por cada semana do mês, para representar um continente já que o tema nacional era " ler: as palavras em todo o mundo", com atividades várias para cada semana dependendo do contimente. Tinhamos escolhido Europa, Africa, Asia por fim América´optand por deixar de fra os outros dois continentes onde a representação linguística e cultral é nula ou eneixistente ( no caso a antartida).
Quando chegou a semana da àsia, coemçamos a montar a exposição e envei uma mensagem a um amigo (que sabia ter aquilo que precisava) para que me emprestasse por uma semana a deusa hindu da fertilidade para que eu pudesse expor na Biblioteca. No dia em que lhe enviei a mensagem não obtive resposta. vim a saber no dia seguinte que havia sido encontrado morto (queda no dia anterior) num percurso pedestre pela serra da Freita.
7) em 2021 (qno em ue escrevo este post) recebo em email a avaliação para a qual tinha pediso aulas assistidas para poder progredir aos 5º escalão. Dia exato; hora inconviniente: 26 de janeiro, (dia em que recebo a notícia, 24h depois de uma outra notícia igual) do falecimento do 2º tio por covid-19. Foi um tsumami... passou em minha casa em tsunami: não bastava ter perdido dois tios que eu gostava imenso e com os quais havia uma grande ligação após a morte do meu pais, por terem assumido e suportado o pilar que nos faltou), recebo a notícia via mail, sem quelquer outra explicação (cobardia) de que tinha tido 9,2 na avaliação final, mas que por ausencia de lugar nas cotas tinha ficado com a menção de bom, o que me colocou, numa lista de espera para a progressão na carreira do 4º para o 5º escalão dez anos após a entrada do Socrates para o governo (nessa altura em 2005, eu já estava no 5º escalão)
Pergunta de 1 para 1 M: devo acreditar que a minha vida está invariávelmente relacionada com a Morte?
Pergunta 2 para 1 M;:Acaba tudo aqui? É este o fim da linha?
Resposta 1 para 1 M: a se existe a máxima, " cáse fazem , cá sepagam" eu não conigo perceber que raio fiz eu.... OU em alternativa ao "Cá se fazem cá se pagam" não vejo quem puderá pagar a não ser os abjetos seres que me preteriram.
Resposta 2 para 1 e 2 M: "Cá se fazem, cá se pagam, pois eu já tive a minha boa dose de dor e sofrimento, sempre com a máxima do meu avò Fernado, gravada no corpo, para jamais esquecer:
"A arma do pensamento é uma alavança para quem tem a consciencia branca".