quinta-feira, 4 de abril de 2013

cão como nós

Enquanto esperava que o treino do hockey terminasse, levei o livro que andava a ler,aos bocadinhos, à noite. A certa altura deparei-me com esta passagem fantástica ao 22º cápítulo:

(Há momentos em que parto para não sei onde. Navegação espiritual. Ou dispersão na terra abstrata, a única que se vê quando não se vê. São as grandes caçadas dentro de mim mesmo, a busca da amgia perdida, uma palavra cintilante, uma perdiz imaginária, um sopro, um ritmo, uma espécie de bafo. Como o teu. Às vezes sinto-o, outras não. Mas sei que estás aí, algures, enroscado na minha própria solidão.) In: "Cão como nós" de Manuel Alegre

Mais palavras para quê, quando há magia no que alguém consegue dizer através de meros carateres... Afortunados os que conseguem fazer este tipo de magia, metaforizar sentimentos e sensações usando apenas o fio preto da caneta desenhado de variadas formas e combinações.

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