sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Por mero acaso
Hoje apanhei a nuvem pelo cominho.
Acordei disposta a fazer uma surpresa, mas acabei eu por se surpreendida.
Por mero acaso, percebi o quanto somos peças descartáveis, o quanto podemos ser e não ser, a forma repentina daquilo que somos e deixamos de ser, percebi o que perdemos na vida quando teimosamente só queremos olhar em frente.
Chega de lágrimas, chega de dor, chega de saudade que rasga o peito e me faz sangrar, chega de mim assim. Mas sobretudo chega de sonhar alto. É hora de regressar a casa e voltar à triste realidade das minhas opções, fechando, assim, mais um acaso da minha vida.
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